A fórmula da sua saúde
GUIA DE SAÚDE

Avelino José S. Narciso

Neurologista

Coenzima Q-10

Coenzima Q-10

Coenzima Q-10

Nome químico 2 - Deca (3 - methylbut- 2 - enylene) - 5,6 - dimethoxy-3-methyl-p-benzoquinone.
Sinônimos Ubidecarenone, Ubiquinone, CoQ 10
Aspecto Pó cristalino amarelo à laranja
Peso molecular 863,4
Solubidade Insolúvel em água, propilenoglicol e glicerina; solúvel em etanol, clorofórmio e óleos
Especificações Ponto de fusão = aproximadamente 48C
Propriedades/Aplicações

A COENZIMA Q 10 pertence à série das Coenzimas Qn, onde "n" pode variar de 1 a 12, sendo que as Coenzimas Q6 a Q10 são de ocorrência natural. A variação dessa cadeia lateral "n" provoca diferenças nas propriedades.

A COENZIMA Q 10 é uma molécula lipossolúvel, componente essencial da maioria dos sistemas vivos e parte integrante das mitocôndrias da células, onde desempenha um papel significante na produção de energia e transporte de elétrons, mais especificamente na oxidação do succinato ou NADH (nicotina adenosina dinucleotídio reduzido) via sistema citocromo, durante a fosforilação oxidativa no músculo cardíaco.

Pesquisas demonstraram que a COENZIMA Q 10 aumenta a produção de ATP e a respiração celular cardíaca, facilita o incremento das contrações cardíacas, melhorando a utilização de oxigênio e reduzindo o esforço cardíaco. O coração humano possui altas concentrações de CoQ e possui alta demanda de energia. Deficiências de CoQ estão associadas com doenças cardíacas, enquanto que níveis aumentados desta coenzima fortalecem a musculatura cardíaca, evitando arritmias e diminuindo a pressão sanguínea - fatores importantes na prevenção de ataques cardíacos. A CoQ também está relacionada a vários outros processos fisiológicos além dessa potente atividade antioxidante (similar à vitamina E). Estimula o sistema imunológico, especialmente a atividade dos fagócitos e outras células do sistema.

Possui ação protetora dos tecidos gástricos e duodenais, propriedade que está associada à cadeia lateral da sua estrutura química. Tem a propriedade de conter a histamina e outros mediadores de sua produção, importante contra doenças respiratórias como asma. Além disso, a CoQ tem a capacidade de inibir a esteroidogênese, o que está relacionada à diminuição das taxas de secreção de aldosterona e da pressão arterial. A CoQ é portanto, indicada em manifestações como diabetes, lupus eritematoso, astenia muscular, esclerose múltipla, doenças respiratórias, úlcera, doença de Alzheimer, esquizofrenia e nas deficiências dos níveis desta coenzima, que diminui em cerca de 80% com o envelhecimento.

A COENZIMA Q10 quando administrada por via oral é absorvida por via linfática intestinal, distribuindo-se nas células de vários tecidos, principalmente no miocárdio.
O uso externo da CoQ por sua vez é indicado no tratamento da caspa, apresentando um efeito sinérgico quando associado à ativos anti-caspa normalmente empregados em cosméticos, como o piritionato de zinco e octopirox (piroctone olamina).

Dosagem usual É indicado por via oral em concentrações de 10 a 20 mg 3 vezes/dia ou dose única de 50 mg após as refeições, dependendo do caso, em cápsulas, comprimidos ou soluções de preparo instantâneo. O uso externo varia entre 0,1 a 0,2% em shampoos, loções ou suspensões.
Observações O uso da COENZIMA Q10 não causa nenhum efeito colateral sério,
mas pode eventualmente causar reações secundárias gastrointestinais, como distúrbios gástricos, anorexia, naúsea e diarréia; raramente são observados erupções cutâneas.